Homem mata 25, é promovido e recebe prêmio da empresa em que trabalha.
Onório, 25 anos, jardineiro, casado, pai de três filhos, teve sua vida modificada depois que entrou na empresa COLHIU, uma das responsáveis pela produção de cereais, cana de açúcar, nós mascada, algodão e cacau, no Brasil.
"No princípio os outro funcionários não foram com a minha cara." — diz Onório em entrevista, ao repórter — "Mas fingi que não percebia e fui empurrando o carro de boi. Agora, quando surgiu aquela situação, não pude deixar barato, peguei uma pá e matei todos os que encontrei. Sem dó nem piedade. Deu um trabalhão danado, mas consegui."
E sua esposa o que achou disso? — Repórter.
De início ela ficou perturbada, que ela é muito encabulada com essas coisas. Pediu pra sairmos de lá, antes que fosse tarde de mais, mas não dei atenção, emprego tá difícil. — Onório.
Marcos, administrador de empresa, quando foi notificado a cerca do assunto disse que ninguém tomou providência até que fosse tarde demais, "agora taí o resultado. Quem vai ser responsabilizado pelas pessoas mortas?"
Os familiares das vítimas estão indignados. Não entendem como a empresa pode deixar chegar a este extremo, e já estão providenciando um pedido de indenização.
"Eu não tive culpa — diz Onório, com o semblante triste — apesar de morar a pouco tempo aqui já tinha me afeiçoado a algumas dessas pessoas. Mas não tive outra escolha, todo mundo parecia estar contra mim. Daí resolvi agir.
Maria Dolores, empregada doméstica, toma a defesa de Onório, afirmando que também era importunada durante o período de trabalho e todos faziam silêncio porque não queriam se envolver com a questão: "Foi priciso morre gente prôs puliça agirem."
Agnelo, engenheiro agrônomo da empresa, diz que no princípio os vizinhos não tinham idéia da gravidade da situação, mas assim que tomaram consciência foram se mudando, aos poucos, das proximidades da empresa onde Onório trabalhava. Ainda mais, os escorpiões em questão, eram os de papo amarelo e foram os responsáveis pelas mortes. E quando Onório tomou a atitude de eliminá-los, matando em um só dia vinte e cinco deles, mereceu a promoção e o reconhecimento dos companheiros de trabalho. Os ‘casca-dura’, como o povo costuma apelida-los, apareceram em conseqüência do desmatamento de uma pequena floresta nos arredores, e do acúmulo de lixo e pedras, que se encontravam no terreno da empresa.
Terminando de ler os fragmentos de notícia nos jornais, Jenuíno se levanta da cadeira, dirige-se ao quarto, deita-se na cama, e diz pra si mesmo: "desmatamento e entulho uma conversa. Se não fosse euzinho esse camarada nunca teria a promoção. Pena que aquele bicho não é astuto, custava matar o dono e os diretores da empresa."
Onório, 25 anos, jardineiro, casado, pai de três filhos, teve sua vida modificada depois que entrou na empresa COLHIU, uma das responsáveis pela produção de cereais, cana de açúcar, nós mascada, algodão e cacau, no Brasil.
"No princípio os outro funcionários não foram com a minha cara." — diz Onório em entrevista, ao repórter — "Mas fingi que não percebia e fui empurrando o carro de boi. Agora, quando surgiu aquela situação, não pude deixar barato, peguei uma pá e matei todos os que encontrei. Sem dó nem piedade. Deu um trabalhão danado, mas consegui."
E sua esposa o que achou disso? — Repórter.
De início ela ficou perturbada, que ela é muito encabulada com essas coisas. Pediu pra sairmos de lá, antes que fosse tarde de mais, mas não dei atenção, emprego tá difícil. — Onório.
Marcos, administrador de empresa, quando foi notificado a cerca do assunto disse que ninguém tomou providência até que fosse tarde demais, "agora taí o resultado. Quem vai ser responsabilizado pelas pessoas mortas?"
Os familiares das vítimas estão indignados. Não entendem como a empresa pode deixar chegar a este extremo, e já estão providenciando um pedido de indenização.
"Eu não tive culpa — diz Onório, com o semblante triste — apesar de morar a pouco tempo aqui já tinha me afeiçoado a algumas dessas pessoas. Mas não tive outra escolha, todo mundo parecia estar contra mim. Daí resolvi agir.
Maria Dolores, empregada doméstica, toma a defesa de Onório, afirmando que também era importunada durante o período de trabalho e todos faziam silêncio porque não queriam se envolver com a questão: "Foi priciso morre gente prôs puliça agirem."
Agnelo, engenheiro agrônomo da empresa, diz que no princípio os vizinhos não tinham idéia da gravidade da situação, mas assim que tomaram consciência foram se mudando, aos poucos, das proximidades da empresa onde Onório trabalhava. Ainda mais, os escorpiões em questão, eram os de papo amarelo e foram os responsáveis pelas mortes. E quando Onório tomou a atitude de eliminá-los, matando em um só dia vinte e cinco deles, mereceu a promoção e o reconhecimento dos companheiros de trabalho. Os ‘casca-dura’, como o povo costuma apelida-los, apareceram em conseqüência do desmatamento de uma pequena floresta nos arredores, e do acúmulo de lixo e pedras, que se encontravam no terreno da empresa.
Terminando de ler os fragmentos de notícia nos jornais, Jenuíno se levanta da cadeira, dirige-se ao quarto, deita-se na cama, e diz pra si mesmo: "desmatamento e entulho uma conversa. Se não fosse euzinho esse camarada nunca teria a promoção. Pena que aquele bicho não é astuto, custava matar o dono e os diretores da empresa."
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